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Open Banking: uma mudança que está vindo para valer

Ricardo De Carvalho Costa

No último dia 31 de janeiro encerrou-se o período de consulta pública estabelecida pelo Banco Central, e isso colocou o Open Banking, mais uma vez, em voga nos noticiários e nas conversas entre executivos do setor financeiro. Osistema caracteriza a necessidade de uma nova plataforma de relacionamento semconexão com o Internet Banking.

O Open Banking dá ao cliente autonomia de seus dados e movimentações bancárias, já que os históricos estarão sob sua posse e não mais do banco. Quando precisar, o cliente poderá autorizar o compartilhamento das suas informações com empresas de crédito ou de softwares de gestão, por exemplo.

Isso é uma grande revolução no mercado financeiro, que será importante na criação de novos negócios. É um ecossistema que conectará instituições financeiras, empresas e clientes, com o objetivo de desenvolver ainda mais produtos e serviços. O Open Banking gerará possibilidades para que novas empresas integrem o setor com baixo custo para o consumidor. Esse ambiente obrigará os grandes bancos a inovarem para não perderem espaço para as fintechs.

De acordo com o Banco Central do Brasil a implementação do Open Banking ocorrerá em 4 etapas. Acompanhe:

1. Compartilhamento de informações de serviços e produtos dasinstituições financeiras: As instituições adeptas ao Open Banking deverão compartilhar dados sobre canais de acessos, produtos e serviços relacionadosa contas de pagamento ou de depositantes, e mais. Assim, uma instituição financeira pode agregar dados e prestar assessoramento para os clientes deprodutos financeiros;

2. Transações e Dados cadastrais de clientes: Como consentimento dos clientes, a instituição financeira poderá compartilhar transações e dados cadastrais relacionadas a contas de pagamento, bem como asoperações de crédito

3. Serviços: Na etapa 3, será viabilizado, com o consentimento docliente, o encaminhamento de proposta de operação de crédito, por meio de correspondentes no País, e de iniciação de pagamentos.

4. Outros dados: Na última fase serão compartilhados informações de outros serviços e produtos, assim como investimentos e seguros.

Eu fiquei entusiasmada com as novidades do setor financeiro. Consigo prevera mudança para melhorarmos o país no sentido do crescimento econômico e inovação, que nos deixa na mão dos países desenvolvidos. Porém, para que esse avanço continue é preciso criar um ecossistema que aguente as movimentaçõesdemandadas pelo Open Banking nesse novo modelo de relacionamento entre instituições financeiras e clientes.

No ecossistema é preciso desenvolver uma plataforma aberta de API’s que deve ser muito segura para evitar ataques e fraudes de dados. As tecnologias de Open Banking serão desenvolvidas como um portal único de relacionamento com parceiros, empresas e clientes que centralizará os dados cadastrais, bem como monitorar as transações.


O desafio das empresas que aderirem ao Open Banking será provar a segurança das operações. Tecnologias de ecossistemas de relacionamento B2C e B2B, no formato de Service Delivery otimizarão o funcionamento. Eu acompanho a discussão desde seu início e desenhei um projeto com essas características.

A projeção da entrada do sistema é para o segundo semestre de 2020, é necessário que o mercado se prepare para se adequar as exigências da implementação e desenvolva o ecossistema. As empresas que se adiantarem com as tecnologias que otimizarão o Open Bankin terão maior competitividade e estarão na frente do mercado.

Artigo publicado dia 14/02/2020 no Convergência Digital:

https://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=52847&sid=15

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