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Fintechs no Brasil: saiba o que são e como impactam o mercado

Rodrigo Contreira

Talvez você não saiba o que é um fintech, mas, com certeza, já foi impactado por alguma delas ou conhece quem já foi. Esse tipo de empresa veio para sanar as dificuldades encontradas em um mercado financeiro que era regido pela demora e burocracia.

Com a tecnologia, as fintechs no Brasil conseguiram otimizar os processos, diminuir custos e fazer com que os serviços ficassem mais fáceis, inteligentes e mais baratos para os consumidores.

Neste post, você entenderá o que são fintechs, para que servem, por que se tornaram tão populares e por que vieram para ficar. Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura e fique por dentro!

O que são fintechs?

Fintechs são empresas criadas para que os serviços financeiros sejam otimizados utilizando a tecnologia. O nome é gerado a partir de duas palavras inglesas: financial (financeiro) e technology (tecnologia). Ou seja, uma mistura entre a tecnologia e a área financeira. Com isso, é possível ter menor custo, quando se compara às empresas tradicionais, fazendo com que os consumidores tenham melhores condições.

Para que servem?

Entretanto, mesmo as empresas tradicionais podem apresentar boas condições para os consumidores. Mas, muitas vezes, a burocracia impede que muitas pessoas acessem o serviço. Por isso, um dos grandes objetivos da fintech é proporcionar uma experiência de utilização superior. Isso acontece com a facilidade de contratação e de uso.

Para tanto, é comum que as fintechs usem conhecimentos e metodologias já utilizadas no mercado de startups, como o design de experiência e o design thinking. A ideia é que a agilidade e eficiência estejam atreladas a um serviço intuitivo e simples.

As ideias criadas se tornam produtos que podem ser acessados por meio de plataformas virtuais disponíveis em smartphones e sites. Dessa maneira, as empresas conseguem se colocar como uma grande alternativa aos bancos tradicionais que concentram 80% do mercado do país.

Já que o serviço se mostra fácil e eficiente, ele também colabora com aqueles que ainda não tinham chances de usar esse tipo de produto, os chamados desbancarizados.

Por que se tornaram tão populares?

As fintechs são populares atualmente justamente por atenderem aos desejos dos consumidores, que querem serviços com menos taxas e que sejam capazes de resolver suas demandas em poucos minutos, sem precisar ir às agências bancárias ou outras instituições financeiras.

Outra marca das fintechs que agrada bastante à população é o fato delas basearem o processo de decisão de acordo com os desejos e necessidades dos usuários. Ou seja, essas empresas estão sempre de olho nos comentários dos consumidores para que os serviços oferecidos sejam cada mais adaptados à realidade dos clientes.

O atendimento, por vezes, também é um dos carros-chefes desse tipo de empresa. O consumidor é colocado no centro da ação, por isso, a conversa é levada ao nível de comunicação que ele deseja, sendo mais ou menos informal e técnica.

Algumas vezes, depois de uma conversa, os clientes recebem, até mesmo, presentes de acordo com a necessidade que tenha sido relatada. Isso é uma forma de melhorar a percepção da marca e mostrar para toda comunidade de clientes que a empresa se preocupa com as demandas e problemas de seus consumidores.

Por isso, quando o cliente precisa ir ao atendimento financeiro tradicional, a comparação se torna inevitável e os consumidores valorizam ainda mais o serviço prestado pelas fintechs.

Qual é a diferença para as startups?

Uma startup é regida por alguns pontos, como:

  • ser uma empresa jovem, o que significa que no futuro evoluirão ou fecharão;
  • ser escalável, o que garante a capacidade da empresa crescer e gerar receita rapidamente;
  • ter relação tecnológica, sendo muitas vezes, projetos inovadores que foram feitos para atender às necessidades do mercado;
  • ter custos baixos, se comparados com os lucros que podem ser obtidos.

Nesse sentido, uma fintech também é uma startup, mas voltada ao mercado financeiro, trazendo inovações na forma com que as pessoas se relacionam com o dinheiro. As fintechs podem estar relacionadas com cartões de crédito, métodos inovadores de pagamento e até mesmo gestão das finanças empresarial e pessoal.

Por que vieram para ficar?

Na América Latina, não há nenhum país com tantas fintechs como o Brasil. Em 2018, o número dessas empresas já passava de 550. Em 21% dos casos, elas estão ligadas ao sistema de pagamentos e remessa. Já em 18%, o objetivo é facilitar a vida de quem precisa fazer empréstimos.

Com tudo isso, os brasileiros têm ficado mais exigentes quando o assunto é uma boa experiência com os serviços financeiros. Aqui, 8 em cada 10 pessoas esperam por isso, enquanto no restante do mundo 6 em cada 10 tem essa expectativa.

Se no Brasil os dados são bons, no restante do mundo a experiência é parecida. As fintechs são responsáveis pela abertura de 200 milhões de contas, o que equivale à população brasileira, por exemplo. Com isso, as mudanças ficam visíveis no mercado bancário tradicional. A expectativa é que até 1200 agências sejam fechadas até o final de 2020.

Ou seja, as fintechs vieram para ficar. Se elas desejam oferecer serviços mais simples e mais baratos para os consumidores, eles também gostaram da ideia. Com isso, mais ideias são incubadas para, no futuro, estarem disponíveis ao público.

É possível encontrar soluções para os principais tipos de problema, com:

  • meio de pagamento;
  • crédito;
  • backoffice;
  • risco e compliance;
  • criptomoedas;
  • investimentos;
  • fidelização;
  • finanças pessoais;
  • crowdfunding;
  • serviços digitais;
  • dívidas;
  • câmbios.

Quais são as principais empresas do mercado?

Provavelmente, você já utilizou ou conhece algumas dessas marcas:

  • Nubank;
  • Bidu;
  • Guiabolso;
  • PicPay;
  • Toro Investimentos;
  • Creditas;
  • Neon;
  • QuintoAndar;
  • Contabilizei;
  • Conta Azul;
  • Banco Original;
  • Banco Inter;
  • PagSeguro.

Agora que você sabe como funcionam as fintechs no Brasil, já entende como elas estão modificando o mercado. As perspectivas para esse modelo de negócio são as melhores. Com tempo, ainda mais empresas tendem a crescer e oferecer soluções ainda mais interessantes para os consumidores. Se o mercado ficará mais competitivo, quem ganha são os consumidores que terão ainda mais opções.

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