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Compliance em nossas vidas - Você faz a sua parte?

Daniel Pacheco de Almeida

Após a Operação Lava Jato, denúncias de corrupção por políticos e empresas, e tantos outros fatos de combate a falcatruas, temos a impressão de que os programas de integridade foram, enfim, colocados em prática por empresas e governos.

Contudo, de tempos em tempos vemos alguns deslizes ainda ocorrendo no mercado (Americanas, e outros), o que me coloca a refletir:

Eu faço a minha parte?

Então, começo a elencar alguns tópicos corriqueiros (e até tolos), mas que demonstram que não seguimos as regras mais simples, para a reflexão de todos, se realmente estamos FAZENDO A NOSSA PARTE.

Sabemos que o Brasil tem um problema cultural da lei de levar vantagem em tudo – “lei de Gerson” – e que fica evidente que precisamos pensar seriamente em como alterar a cultura em cada um de nós, em cada empresa que representamos, em cada ato praticado em sociedade.

A implantação de um programa de Compliance não depende somente de seguir a sequência teórica dos “PILARES DO COMPLIANCE”, mas sim de atuarmos efetivamente para demonstrar que o valor agregado na mudança da cultura da vantagem a qualquer custo para o valor agregado, ao final, terá um resultado muito melhor a todos, e não apenas ao “clube do Bolinha”, que sempre leva a tal da vantagem sobre os outros.

NÃO PODEMOS TER UMA CONDUTA EM CASA E OUTRA FORA DE CASA.

Vejamos se estamos realmente ajudando a implantar o COMPLIANCE EM NOSSAS VIDAS:

·        Ultrapasso no trânsito em local proibido;

·        Estaciono meu carro em vaga proibida (famoso “é só um minutinho”);

·        Reclamo de pedintes, mas não apoio nenhuma causa séria contra a pobreza;

·        Conheço histórias de taxistas mudando o percurso para engordar o valor da corrida;

·        Fico quieto se o caixa me cobrar um valor menor do que o real gasto por mim;

·        Faço conchavos para aumento de valores com meus fornecedores, recebendo um “por fora” dos mesmos;

·        Reclamo das contas do condomínio, mas não confiro os gastos realizados e aprovados pelo síndico;

Bem, estes são apenas alguns exemplos.

Se nós não vamos sequer à reunião de condomínio reclamar do que está errado, como teremos maturidade para mudar a cultura de compliance em nossa empresa, em nossa vida?

Se você pensou de forma afirmativa em algum dos tópicos acima, vale refletir!

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